Sala Multissensorial no Aeroporto de Congonhas: Um Espaço Acolhedor para Viajantes Neurodivergentes

Viajar de avião pode ser uma experiência desafiadora para muitas pessoas, especialmente para aquelas com neurodivergências, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pensando nisso, o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, acaba de reinaugurar a sua Sala Multissensorial, oferecendo um ambiente seguro e acolhedor para esses passageiros. Este novo espaço foi estrategicamente realocado para uma área mais tranquila, próxima ao portão 12, dentro da sala de embarque. Essa mudança visa reduzir os estímulos externos e aumentar o conforto dos usuários.

Com a reinauguração, o aeroporto reafirma seu compromisso com a inclusão e o bem-estar de todos os seus passageiros. A nova localização permite um acesso mais fácil e evita o trânsito intenso de pessoas, o que pode ser um fator gerador de ansiedade para neurodivergentes. É importante destacar que essa ação não apenas beneficia os passageiros diretos, mas também seus acompanhantes e familiares, que agora podem contar com um apoio mais efetivo durante a experiência de viagem.

O novo espaço é mais um exemplo de como a acessibilidade pode ser implementada de forma inteligente em ambientes de alto fluxo. Ao proporcionar um ambiente adaptado, o Aeroporto de Congonhas se torna uma referência nacional em acolhimento e respeito às diferenças. Além disso, serve como inspiração para que outros terminais adotem medidas semelhantes, promovendo um turismo mais empático e acessível.

O Que é uma Sala Multissensorial e Como Ela Funciona?

Salas multissensoriais são ambientes projetados para estimular ou acalmar os sentidos de forma controlada. Esses espaços geralmente combinam elementos visuais, sonoros, táteis e olfativos, criando um cenário que pode ajudar pessoas neurodivergentes a se sentirem mais seguras e confortáveis. Além disso No caso da Sala Multissensorial do Aeroporto de Congonhas, a proposta é justamente proporcionar esse acolhimento durante uma situação que, para muitos, é estressante: o embarque em uma viagem de avião.

Então A nova sala mantém as características principais da versão anterior, com algumas melhorias. Entre os recursos disponíveis, estão a iluminação especial, os painéis interativos, as colunas de bolhas, o isolamento acústico e o mobiliário ergonômico. Esses elementos não apenas ajudam a reduzir a sobrecarga sensorial, mas também estimulam positivamente os sentidos de maneira controlada e prazerosa.

Ademais, a sala também conta com piscina de bolinhas iluminadas, máquina de bolhas, projetor com efeitos visuais e vídeos temáticos. Isso tudo cria uma ambiência lúdica que pode ser essencial para aliviar a tensão e ajudar os passageiros a se regularem emocionalmente antes do voo. Tudo foi cuidadosamente pensado para atender não apenas as crianças, mas também adultos neurodivergentes, oferecendo uma experiência inclusiva para todas as idades.

Por Que a Inclusão Sensorial é Importante em Aeroportos?

Os aeroportos são ambientes naturalmente ruidosos, movimentados e cheios de estímulos visuais. Isso pode ser extremamente desconfortável para pessoas com hipersensibilidade sensorial, como é comum entre os neurodivergentes. Nesse contexto, a inclusão sensorial deixa de ser apenas uma questão de acessibilidade e passa a ser uma necessidade de segurança e bem-estar. Garantir que esses passageiros tenham um espaço seguro para se acalmar pode evitar crises, melhorando toda a experiência de viagem.

Além disso, é importante lembrar que a viagem começa muito antes da decolagem. Para muitas pessoas, o simples fato de estar em um ambiente desconhecido e barulhento já pode ser o suficiente para gerar ansiedade. Portanto, contar com um espaço como a Sala Multissensorial pode ser a diferença entre uma experiência positiva ou traumática para o viajante. Com essa estrutura, Congonhas se antecipa a essas necessidades e mostra sensibilidade ao tema.

Outro ponto relevante é o impacto positivo para as famílias. Muitas vezes, pais e mães de crianças com TEA evitam viagens de avião justamente por não se sentirem apoiados ou preparados para lidar com as situações de estresse. Espaços como esse demonstram que é possível viajar com conforto, respeito e dignidade, incentivando o turismo inclusivo e a participação social de todos.

Expansão da Iniciativa para Outros Aeroportos Brasileiros

A proposta da Sala Multissensorial não está limitada ao Aeroporto de Congonhas. A Aena, empresa responsável pela administração do terminal, também implementou um espaço semelhante no Aeroporto Internacional do Recife. Inaugurado em abril, o ambiente segue a mesma lógica de acolhimento e estímulo sensorial controlado. A ideia é expandir o conceito para outros aeroportos sob gestão da empresa.

Já estão em fase de implantação salas multissensoriais nos aeroportos de Maceió, João Pessoa, Aracaju, Campo Grande e Uberlândia. Essa expansão é extremamente positiva, pois permite que mais viajantes em diferentes regiões do país tenham acesso a esse tipo de acolhimento. Cada nova sala representa um passo importante rumo a um sistema de transporte aéreo mais humano e acessível.

Além das salas completas, outros aeroportos já oferecem espaços reservados para passageiros com TEA e outras neurodivergências, como é o caso de Santarém, Juazeiro do Norte, Montes Claros e Uberaba. Futuramente, cidades como Marabá e Corumbá também contarão com esses espaços, mostrando que a pauta da inclusão está ganhando força no Brasil. É fundamental que esse movimento continue crescendo, pois a acessibilidade é um direito de todos.

Como Aproveitar Melhor a Sala Multissensorial em Sua Viagem

Se você ou algum acompanhante for neurodivergente e estiver planejando uma viagem pelo Aeroporto de Congonhas, é recomendável conhecer a Sala Multissensorial com antecedência. Saber onde o espaço está localizado (próximo ao portão 12) e quais recursos ele oferece pode ajudar a organizar melhor o tempo e reduzir o estresse antes do embarque. Além disso, é sempre bom chegar ao aeroporto com antecedência para poder utilizar o espaço com calma.

Outro ponto importante é informar os funcionários do aeroporto sobre qualquer necessidade específica. A equipe do terminal está treinada para oferecer suporte e orientação, inclusive direcionando os passageiros até a Sala Multissensorial. Essa assistência faz parte do compromisso da Aena com um atendimento mais empático e eficiente.

Para os viajantes frequentes, vale a pena acompanhar os canais oficiais dos aeroportos para se manter informado sobre novas salas sendo inauguradas em outras cidades. Assim, é possível planejar viagens com mais segurança e confiança, sabendo que haverá um espaço acolhedor à disposição.

Um Passo Importante para o Turismo Inclusivo

A reinauguração da Sala Multissensorial no Aeroporto de Congonhas é um marco importante para o turismo acessível no Brasil. Além de garantir mais conforto e segurança aos neurodivergentes, a iniciativa também contribui para sensibilizar a sociedade sobre a importância da inclusão. Isso porque, ao visibilizar essas necessidades, cria-se um ambiente mais acolhedor para todos os tipos de viajantes.

É preciso entender que acessibilidade vai muito além de rampas e elevadores. Envolve também o respeito às diferenças cognitivas, emocionais e sensoriais dos indivíduos. Portanto, iniciativas como essa mostram que é possível, sim, criar um turismo mais justo e igualitário. E, à medida que mais aeroportos adotam a ideia, todo o setor turístico tende a evoluir.

Por fim, cabe destacar que todos os turistas ganham com essa abordagem. Quando o ambiente se torna mais empático, toda a experiência de viagem melhora. Por isso, se você está planejando uma viagem e vai passar pelo Aeroporto de Congonhas, não deixe de conhecer a Sala Multissensorial. Trata-se de um exemplo de como pequenas mudanças podem gerar grandes impactos na vida das pessoas.

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